Educação financeira nas escolas: entenda a importância dos jovens aprenderem a lidar com o dinheiro.

 O Brasil é a 10ª maior economia do mundo e apesar de figurar neste ranking, é  em grande parte analfabeto quando o assunto é finanças pessoais. Mesmo pessoas altamente educadas não estão familiarizadas com  os produtos financeiros e não sabem a melhor maneira de administrar seu dinheiro. 

 

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), a parcela de famílias brasileiras com dívidas chegou a 78,3% em abril deste ano.

Esse dado nos mostra o porque a alfabetização financeira tornou-se uma questão importante para os jovens à medida que aumenta a necessidade de uma vida econômica saudável, onde fortalecer essa cultura nas escolas é fundamental para garantir um futuro com mais segurança. No entanto, a maioria das escolas não oferecem treinamento adequado em gerenciamento de dinheiro, o que pode, futuramente, levar a um aumento nessa taxa de endividamento.

A educação financeira no ensino médio

Como vimos, entender como o dinheiro funciona e como lidar com ele é muito importante para a sociedade em que vivemos. E mais cedo ou mais tarde todos nós temos que lidar com esse problema. 

 

Os especialistas, portanto, recomendam aprender a lidar com o dinheiro desde cedo, uma vez que isso aumenta a capacidade de lidar com ele com mais sabedoria, sabendo como controlar seus gastos e compreendendo as minúcias de um bom planejamento.

No entanto, a educação financeira não deve ser abordada de forma isolada, sendo necessário ser integrada a diferentes assuntos dentro do currículo, uma vez que nossa relação com o dinheiro envolve conceitos matemáticos, sociais, éticos, comportamentais e entre outros. Portanto, é importante que os jovens desenvolvam uma compreensão abrangente de suas finanças pessoais e as habilidades para tomar decisões financeiras responsáveis ​​e conscientes.

Uma abordagem eficaz é aplicar conceitos financeiros às situações cotidianas dos alunos. Por exemplo, em uma aula de matemática, os professores podem incluir atividades como calcular orçamentos, planejar gastos, analisar investimentos e compreender juros e taxas. Dessa forma, os alunos podem aprender como aplicar  conceitos matemáticos a situações financeiras do mundo real.

Conclusão

No entanto, a implementação da educação financeira no ensino médio requer o envolvimento de toda a comunidade escolar. É necessário fornecer o treinamento adequado para os professores, além de recursos educacionais atualizados. Também é relevante criarmos um ambiente de aprendizagem inclusivo onde os alunos se sintam à vontade para compartilhar perguntas e experiências relacionadas ao tópico, conseguindo, dessa forma, fornecer o suporte necessário para todos.

Em suma, a alfabetização financeira no ensino médio é essencial para preparar os jovens para os desafios econômicos da vida adulta. Por meio de uma abordagem multidisciplinar, situacional e baseada na prática, as escolas podem ajudar os alunos a desenvolver habilidades financeiras sólidas para se tornarem cidadãos responsáveis ​​e conscientes do dinheiro. Dessa forma, contribuímos para a formação de uma sociedade mais sustentável e economicamente equilibrada.

Escrito por: Raíssa Louise Mariano, Maria Eduarda Rodrigues, Vinicius Mangini, Bianca Fileno.